James Jardim e Marãna Ventura
Sabemos que a topografia consiste no estudo e representação das variações do relevo em determinada área, mas como isso funciona na prática? Existem três principais tipos de levantamento topográfico: levantamento planimétrico, altimétrico e planialtimétrico.
O levantamento planimétrico registra as características do terreno em duas dimensões, enquanto o levantamento altimétrico retrata as altitudes. Já o levantamento planialtimétrico é uma união dos dois tipos anteriores, registrando o relevo de maneira completa, abrangendo suas três dimensões.
O produto do serviço topográfico caracteriza-se por uma carta topográfica e um relatório técnico. A carta possui curvas de nível como característica mais marcante, sendo essas representações lineares das variações do relevo.
Existem diferentes formas de levantar dados para construção das curvas de nível, além dos demais elementos topográficos, assim, o melhor método de posicionamento vai depender da situação e é definido pelo INCRA. Os principais são:
As estações totais compõem um método tradicional de levantamento, no qual a aquisição de dados pode ocorrer de duas formas:
- Nivelamento Taqueométrico: com o auxílio de um teodolito e uma mira, ângulos e distâncias são medidos para obter-se a altitude de cada ponto.
- Nivelamento Geométrico: utiliza-se um nível e duas ou mais miras, medindo diretamente a diferença de altitude entre dois pontos.
Os dados obtidos de ambas as formas são interpretados através de cálculos matemáticos que se traduzem na representação do terreno.
É o método mais utilizado no mercado e também um dos mais modernos, simples e precisos. Consiste na utilização de receptores geodésicos GNSS (popularmente conhecidos como GPS) para levantar as coordenadas, tanto planimétricas quanto altimétricas, de vários pontos de uma área.
Aqui é utilizado o RTK (Posicionamento Cinemático em Tempo-Real, a livre tradução), um equipamento composto por duas partes, a Base e o Rover, capazes de captar instantaneamente dados de satélites. As coordenadas, então coletadas, são processadas por softwares de SIG e as curvas de nível podem ser construídas utilizando técnicas de interpolação.
Atualmente existem tecnologias que possibilitam a construção de produtos topográficos tendo como base levantamentos feitos por imagens orbitais e softwares como Google Earth.
No pré-campo para o levantamento topográfico é realizado o estudo prévio da área para estabelecer o método mais adequado de posicionamento, determinar a distribuição dos pontos no terreno, conhecer a pedologia local e entre outros. Basicamente é o momento para planejar a próxima etapa, o campo.
No caso de levantamentos realizados com RTK, é necessário calcular o tempo da Base e do Rover, além da distribuição de pontos. Mapas pré-campo também são confeccionados nessa etapa. A forma como ocorrerá o campo irá depender do método que será adotado, mas independente disso, o campo seguirá as etapas estabelecidas no cronograma aqui construído.
A etapa do pós-campo é o momento de transformar os dados recolhidos, até então, em produtos. Em meio a isso há a confecção do mapa de curva de nível, o processamento de dados através do software Topcon Tools, elaboração do relatório técnico e do memorial descritivo.
Em projetos de topografia ainda é possível obter o ART ou Anotação de Responsabilidade Técnica, que basicamente é um amparo legal para a atividade técnica ali desenvolvida.
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